💥Ubisoft Exige Destruição de Jogos Físicos? Entenda a Polêmica

Exploramos a nova cláusula do EULA da Ubisoft que está gerando revolta entre jogadores ao sugerir a destruição de cópias físicas. Saiba como isso pode afetar seus direitos como consumidor e o futuro da preservação de games.

NetoJacy

7/12/20256 min read

Manifestante com cartaz e documento de termos da Ubisoft em protesto ilustrado.
Manifestante com cartaz e documento de termos da Ubisoft em protesto ilustrado.

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Ubisoft exige destruição de jogos físicos? Entenda a polêmica.

🕹️ O que está acontecendo?

Recentemente, a Ubisoft atualizou seus Termos de Licença (EULA), incluindo uma cláusula que exige que, se a empresa encerra o suporte ou retira um jogo da venda, o jogador deve imediatamente desinstalar o título e destruir todas as cópias de sua posse — inclusive as físicas.

Essa decisão acendeu debates acirrados sobre direitos digitais, propriedade do consumidor e preservação de jogos.

🔎 Detalhes do EULA: licença sobre proprietária

O novo EULA oficial da Ubisoft (Seção 8) afirma:

“Você e a UBISOFT … podem encerrar este acordo a qualquer momento… Após a rescisão, você deve imediatamente desinstalar o produto e destruir todas as cópias do produto em sua posse.”

Ou seja, mesmo quem comprou uma cópia física pode ser legalmente obrigado a destruí-la se o suporte for descontinuado.

📚 Contextualização e precedentes

  • Já em janeiro de 2024, na polêmica envolvendo The Crew, a Ubisoft afirmou que jogadores não compram jogos, mas sim “licenças”.

  • A campanha Stop Killing Games coleta mais de 1 milhão de assinaturas na Europa, pedindo proteção legal e controle contra delistagem e bricking de jogos.

  • E essa cláusula de destruição não é única da Ubisoft: outras publishers e até a Steam têm termos semelhantes.

🎯 Impactos para jogadores

  • Direitos do consumidor: Se o jogo não for mais oferecido, o que acontece com compras antigas?

  • Preservação de jogos: Sem acesso digital ou físico, muitos títulos podem se perder para sempre.

  • Mercado de usados: A exigência de destruir mídias físicas ameaça o comércio de segunda mão.

  • Legalidade duvidosa: EULAs não substituem leis nacionais — cláusulas abusivas podem ser contestadas judicialmente.

📈 Estatísticas e tendências do setor

A tabela resume os principais impactos e reações de diferentes agentes do mercado diante da cláusula polêmica da Ubisoft que sugere a destruição de cópias físicas de jogos após sua descontinuação. A estrutura foi organizada por categoria, destacando a perspectiva de cada ator envolvido.

🧭 Reações e perspectiva profissional

Especialistas jurídicos apontam que, embora essa cláusula plante temor, sua aplicação prática — especialmente para mídias físicas — é improvável. Sua função principal parece ser reforçar o controle absoluto da publisher .

Ainda assim, o movimento conservacionista digital e a pressão de entidades de proteção ao consumidor (como o Stop Killing Games) podem impulsionar adoção de leis na UE e EUA para proteger direitos dos jogadores.

💡 Recomendações para você

  1. Leia o EULA dos jogos ao instalar ou comprar.

  2. Acompanhe movimentos como o Stop Killing Games se for engajado com preservação digital.

  3. Prefira plataformas com políticas mais transparentes (ex: GOG, que oferece DRM-free e suporte a jogos antigos).

  4. Fique atento a legislações em desenvolvimento na União Europeia e nos EUA que visam proteger o consumidor.

⚠️ Transparência sobre previsões

Tudo indica que esse tipo de cláusula pode se tornar padrão no mercado, levando a debates legais importantes — mas até hoje não há casos documentados de aplicação real contra consumidores. Portanto, qualquer previsão sobre banimento efetivo ou homologação dessa cláusula é especulação, embora fundamentada nas tendências de licenciamento digital.

A imagem reforça o tom da conclusão do artigo, apresentando o disco quebrado da Ubisoft sob um fundo escuro rachado, enquanto a pergunta “What’s Next?” paira no ar, desafiando o futuro da empresa e o modelo de propriedade digital.

Conclusão

🧩 O que a nova cláusula da Ubisoft representa para o futuro dos games?

A cláusula introduzida pela Ubisoft em seu EULA reacende discussões profundas sobre propriedade digital, licenciamento de software e os direitos dos consumidores no mercado de jogos. O simples fato de uma empresa incluir em seu contrato uma exigência de destruição de cópias físicas, ainda que dificilmente aplicável na prática, é um sinal claro de que estamos entrando em uma era onde o conceito de "possuir um jogo" se torna cada vez mais simbólico — e menos concreto.

A Ubisoft justifica a cláusula como uma maneira de proteger sua propriedade intelectual após o encerramento do suporte a certos títulos. Contudo, essa justificativa se choca diretamente com a percepção tradicional do consumidor, que acredita estar comprando um produto, e não apenas o direito temporário de utilizá-lo sob condições instáveis.

Para os jogadores, colecionadores e defensores da preservação dos games, o gesto representa uma ameaça direta ao legado cultural dos videogames. Se outras empresas seguirem o mesmo caminho, poderemos ver não só a extinção do mercado de segunda mão, como também a perda irrecuperável de títulos históricos — especialmente aqueles 100% online ou vinculados a servidores proprietários.

Mesmo que nenhuma empresa vá bater na sua porta para obrigá-lo a quebrar sua mídia física, o simples fato de que isso possa ser solicitado contratualmente cria um precedente perigoso. Em uma indústria que já enfrenta críticas sobre práticas predatórias, como jogos lançados inacabados, preços abusivos e microtransações, a medida adiciona mais lenha à fogueira da insatisfação coletiva.

Mais grave ainda é o impacto legal e moral dessa medida. Colocar nas mãos do consumidor a responsabilidade por acompanhar alterações no EULA, sem qualquer notificação direta, inverte a lógica da transparência e fere princípios básicos de boa-fé nas relações de consumo. O consumidor comum não lê contratos jurídicos complexos com frequência, e muitos sequer sabem que estão sujeitos a termos que podem mudar a qualquer momento, inclusive anos depois da compra do jogo.

Por isso, a revolta é legítima. A comunidade gamer está pedindo não apenas respeito à propriedade, mas também clareza nas relações comerciais e segurança jurídica sobre os produtos que adquire.

O futuro dependerá da reação do público, de iniciativas como a campanha Stop Killing Games, e também de possíveis legislações que venham a regular o setor com mais firmeza, tanto na União Europeia, quanto nos Estados Unidos e em países como o Brasil. Até lá, fica o alerta: quem compra um jogo, hoje, pode não ser realmente o dono dele amanhã.

🔍 Leitura Sugerida

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5. Jogos e Ativismo: Como Games Inspiram Mudanças Sociais
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📚 Referências

  1. Windows CentralUbisoft says you don't own your video games, read the fine print
    https://www.windowscentral.com/gaming/ubisoft-says-you-dont-own-your-video-games-read-the-fine-print

  2. Boing BoingUbisoft wants you to destroy your physical games if it ends your license
    https://boingboing.net/2025/07/10/sorry-but-ubisoft-says-you-have-to-destroy-your-physical-games.html

  3. TheGamerUbisoft's destroy-your-games clause isn't new, but it's a reminder of how little we own
    https://www.thegamer.com/ubisoft-eula-clause-destroy-your-games-is-not-new-or-unique/

  4. Aftonbladet (Suécia)Användare tvingas förstöra alla kopior av spel – även fysiska versioner
    https://www.aftonbladet.se/a/W0pO1g

  5. Times of IndiaHow is Ubisoft's EULA clause contradicting the 'Stop Killing Games' campaign?
    https://timesofindia.indiatimes.com/sports/esports/news/how-is-ubisofts-eula-clause-contradicting-the-stop-killing-games-campaign/articleshow/122301809.cms

  6. GameFraggerUbisoft's new EULA sparks backlash over requirement forcing players to delete games
    https://gamefragger.com/other/ubisofts-new-eula-sparks-backlash-over-requirement-forcing-players-to-delete-games-a27563

  7. Ubisoft Legal (EULA Oficial)End User License Agreement (EN-US)
    https://www.ubisoft.com/legal/documents/eula/en-US

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